Movin' Up de casa nova!

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Written on 14:18:00 by Maurício Angelo

Se você chegou ao site através do endereço .blogspot.com, acesse a Revista Movin' Up na sua nova casa e layout:

www.revistamovinup.com

Abraço!

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Crimidéia # 02

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Written on 09:05:00 by Maurício Angelo

Como o primeiro foi um programa-piloto, digamos, a estréia pra quebrar o gelo... apenas 3 dias após o debut do podcast aqui da casa, sai o segundo programa!
Alguns ajustes, outras experimentações e pouco-a-pouco vamos tornando tudo melhor.

Nesta edição:

O fracasso do Brasil nas Olimpíadas
O ano de Paulo Coelho (?)
A retomada de Pantanal (e o porquê de seu sucesso)

Músicas:

White Stripes – Rag & Bone (Introdução)
Funkadelic – Maggot Brain (BG 01)

Bellrays – One Big Party
Morphine – A Good Woman Is Hard To Find
Jorge Ben – Gostosa

Soft Machine – Bundles (BG 02)
Area – Arbeit Machet Frei (BG 03)

Gang Of Four – Damaged Goods
Morrissey – You Have Killed Me
Ministry – Roadhouse Blues

Confira direto no servidor: www.crimideia.podomatic.com

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Podcast Crimideia #01

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Written on 21:47:00 by Maurício Angelo

Sempre gostei da idéia de podcast's. Mini-programas de rádio online, disponíveis num streaming rápido e tratando daquilo que se desejar.
Estréio então agora o primeiro podcast da Movin' Up, intitulado "Crimidéia".

Crimidéia é um termo surgido da obra "1984", de George Orwell, e simboliza aquilo que ia de encontro às idéias do Partido, do estabelecido, o imposto e o ordinário. Crimidéia é desafio, autenticidade, ousadia.
O Podcast fala não só de música mas também de outros temas como literatura e comportamento permeados dentro da crítica musical. Confira!

Músicas desta edição:

Nuda - Deus, às Estéticas
Rufus Wainwright - Poses
Morcheeba - Au Dela (Feat. Manda)
Wilco - On And On And On

Você pode também acessar o site direto do podcast:
http://crimideia.podomatic.com/

Assine o feed: http://crimideia.podomatic.com/rss2.xml

Confira!




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Muse e bons nomes nacionais no segundo dia do Porão

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Written on 16:44:00 by Maurício Angelo

O segundo dia do Porão do Rock prometia não só uma programação mais variada, como bandas melhores, mesclando medalhões com novos nomes da cena independente que renovaram a música alternativa brasileira, provando que é possível ser "indie" sem prejuízo de sonoridade, organização, relacionamento com o público, etc.





No Palco Pílulas, às 17h, ainda com quase ninguém na arena, o - temos um nome engraçadinho - Gilbertos Come Bacon abriu os trabalhos apresentando um som que ainda não se decidiu o que quer ser: hardcore, reggae, hip-hop, rock, pop, música latina...sobrando energia e, na maioria das vezes, pedindo alguns ajustes.





O público ainda começava a chegar quando o Vai Thomaz no Acaju, combo entre Gabriel Thomaz, vocalista do Autoramas e parte dos integrantes do Móveis Coloniais de Acaju, uma das melhores bandas do Brasil atualmente, subiram no Palco Principal. Difícil imaginar uma abertura melhor. Junto a Gabriel, André Gonzáles (voz), BC (guitarra), Beto Mejía (flauta transversal), Eduardo Borém (gaita cromática, escaleta e teclados), Esdras Nogueira (sax barítono), Fabio Pedroza (baixo), Leonardo Bursztyn (guitarra), Paulo Rogério (sax tenor), Renato Rojas (bateria) e Xande Bursztyn (trombone) tocaram músicas do seu compacto em vinil lançado em 2007, auto-intitulado, como "Família Que Briga Unida Permanece Unida", "O Sol Eu Não Sei" e "Stock Car Theme" - uma divertida brincadeira vocal. Diversão, aliás, foi o tom do show, com o ótimo naipe de metais em "alta voltagem" do Móveis e participações de convidados especiais da cena de Brasília. Uma das mais empolgantes e suculentas apresentações do Porão.





Colocado em seqüência não à toa, o mesmo pode ser dito sobre os cariocas do Canastra, big band um pouco mais enxuta e com uma deliciosa mistura de samba, mpb, rock, jazz, surf music e todo um swing bem particular, demonstrado também nas ótimas letras. Com músicas de seus dois discos, "Traz A Pessoa Amada Em Três Dias" (2004) e "Chega De Falsas Promessas" (2007), o Canastra provou porque é um dos nomes mais adorados da cena atual. Som redondo, banda entrosada e músicas que já são cantadas pela platéia, como "Motivo De Chacota", "Chevette Vermelho", "Meu Capuccino", "Miss Simpatia" e "Quando Sim Quer Dizer Não". Destaque para a presença notável do baixo acústico de Edu Vilamaior. E se a abertura foi com uma maravilhosa versão instrumental do Hino Nacional, o fim ficou com a execução do riff de "Back In Black", do AC/DC. Algo como "um dos melhores shows nacionais que se pode querer".





Depois, os locais do Sapatos Bicolores trouxeram seu rock genérico que não empolgou muita gente. Enquanto isso, no Pílulas, o Super Stereo Surf mostrou que pode ir um pouco mais longe com seu som gostoso de ouvir e melodias bem construídas. E aí tivemos o eletrônico de Lucy And The Popsonics, o sempre bom "rrrrrrock" do Autoramas, muito bem recebido pelo público, a mistura do Mundo Livre S/A e o "hyper rock" pretensioso do Supergalo.




Por último, a baiana Pitty, com uma banda já acostumada ao palco que se saiu melhor do que o esperado, assim como a própria demonstrou que é dona do público e manda muito bem naquilo que se propõe a fazer.



Mas todos queriam mesmo era os britânicos do Muse. Camarote lotado - ao contrário do dia anterior - e público num frisson assombroso para quem até dois anos atrás só era conhecido no Brasil pelo círculo diminuto dos indies anglófilos doentios.



Felizmente, todo o reconhecimento da imprensa e o oba-oba dos fãs justifica-se pela discografia do grupo. Se já se convencionou considerá-los de "difícil classificação" (não por acaso), resta atestar que, de fato, Mathew Bellamy (voz/guitarra), Christopher Wolstenholme (baixo) e Dominic Howard (bateria) são um corpo estranho no mainstream do pop mundial. Altas doses de progressivo e metal, falsetes descarados que funcionam, o paradoxo da grandiloqüência expressa por um power trio afinado cobertos por um invólucro de pop e toques eletrônicos. Alcançaram o topo sem praticar o óbvio, construindo uma identidade musical singular, trazendo a mente um pouco do melhor produzido nas décadas de 70, 80 e 90, com músicos completos, técnicos e intensos ao vivo, ajudados pela estrutura gigante e extremamente profissional por trás.





Sendo impossível trazer ao Brasil todo o aparato demonstrado no recém-lançado CD/DVD H.A.A.R.P, ao vivo em Wembley, o telão, balões gigantes, confetes e foguetes de CO2 foram o suficiente para encantar a platéia. Mas fora o hi-tech e o espetáculo, a música se destaca por si. Considerados o melhor grupo ao vivo do mundo pela imprensa inglesa, o posto pelo menos está em boas mãos - independente de ser questionável. Não fazem apenas um show, mas um verdadeiro concerto neo-prog/pop/metal tecnológico cheio de improvisos, com um espírito notável de uma autêntica banda ao vivo, ao inverso de 90% da cena, indo além do básico para embolsar alguns milhares de dólares.



"Knights Of Cydonia", uma das mais prog do repertório, abriu a noite para êxtase dos 17 mil presentes. E se em estúdio eles já mais que flertam nitidamente com o metal, no palco o peso é assombroso, sendo um convite ao headbanging, a exemplo do que o próprio Bellamy faz às vezes. E se o vocalista vai do falsete extremo ao mais grave e natural com facilidade - e convencendo - na guitarra coloca muita (mas muita) distorção e efeitos, complementado por um pad exclusivo acoplado à guitarra, além de sintetizadores e todo um leque de opções muito bem utilizadas, que encontram nos teclados de Morgan Nichols (músico contratado), o suporte ideal.



"Black Holes & Revelations", o último trabalho, de 2006, foi a base do show, indo desde a ampla "Map Of The Problematique" até a dance "Supermassive Black Hole", que ao vivo é aceitável apesar de contar pouco com a minha simpatia. Do álbum, baladas como "Invincible", que tem um refrão tão piegas que chega a ser corajoso e a ótima "Starlight" foram os momentos ideais para o "vamos cantar todos juntos".



Na verdade, a maioria das composições têm espaço e apelo para que o público se una a voz de Bellamy: poucas vezes a música pop foi tão bem costurada com o peso e quebradeiras típicas do prog e do metal, como comprovaram "Butterflies & Hurricane", "Stockholm Syndrome" - estupenda - e "Hysteria".





Da tríade de intocáveis vieram "New Born", "Time Is Running Out" e "Plug In Baby", não só algumas das melhores como três das minhas preferidas da banda, exemplos perfeitos que de certa forma resumem o que é o Muse. Junte a estas "Feeling Good" e seu piano marcante, contando com uma atuação inesquecível do vocalista.



O fim, com "Take A Bow", deixou a sensação de que poderíamos ficar ali por pelo menos mais uma hora e conferir ausências sentidas como "Apocalypse Please", "Sing For Absolution", "Bliss", "Space Dementia" e "Muscle Museum", dentre outras. Mas tudo bem, na certa voltarão ao país e com um novo CD pra divulgar. Em 4 trabalhos sólidos o Muse alcançou o topo do mundo com uma música bem menos comercial que a maioria dos que costumam ocupá-lo. O único pecado é, às vezes, cair na megalomania sonora desmedida. Mas de um jeito que até eventuais deslizes dão motivos para serem perdoados. A banda é muito (muito) boa, e nada indica que deixará de sê-la. Mesmo para qualquer um com má-vontade, o show fez mais que cumprir as expectativas.



E o saldo final do Porão do Rock foi um festival muito bem organizado, com dois palcos principais revezando-se sem atrasos nas apresentações (uma raridade), um lounge interessante entre eles no camarote, ingressos baratos, estrutura adequada para quem estava na pista e uma seleção de bandas brasileiras que, apesar de boa, pode melhorar bastante. O evento cresceu a ponto de investir em atrações internacionais de peso (e portanto mais caras), trazendo ao país um grupo no auge, não na entre-safra ou já esquecido (outra raridade). Longe da perfeição, óbvio, mas o suficiente para estar entre os principais eventos do calendário nacional. Que venha a edição 2009!



Links:



Oficial: www.poraodorock.com.br



Nacionais:



www.myspace.com/gilbertoscomebacon


www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br


www.myspace.com/canastra


www.sapatosbicolores.com.br


www.myspace.com/superstereosurf


www.myspace.com/lucyandthepopsonics


www.myspace.com/autoramas


www.myspace.com/mundolivresa


www.myspace.com/supergalo


www.pitty.com.br



Muse: www.myspace.com/muse



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Suicidal Tendencies encerra com fôlego o primeiro dia do Porão do Rock 2008

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Written on 14:30:00 by Maurício Angelo

A 11º edição do Porão do Rock começou ontem com casa cheia até o fim e uma organização praticamente impecável. Shows no horário, tranqüilidade, estrutura exemplar e ótimas condições para todos os presentes neste que é um dos maiores festivais do país. O dia heavy do evento mesclou nomes do hardcore e do metal como Mukeka Di Rato, Almah, Black Drawing Chalks, Macakongs 2099, MQN e DFC.


Já o Matanza, fez apresentação eficaz o suficiente para ter o público na mão, cantando “clássicos” como “A Arte do Insulto”, “Ressaca Sem Fim”, “Ela Roubou Meu Caminhão”, “Clube Dos Canalhas”, “Eu Não Gosto de Ninguém” e “Bom É Quando Faz Mal”. O melhor show nacional da noite naquela que provavelmente é uma das bandas brasileiras mais felizes em criar uma identidade conceitual aprovada e adorada pelos fãs. A exemplo, em escala mundial, dos headliners.

Aliás, foi preciso esperar até as 02:20 h da manhã para ver Mike Muir (vocal), Mike Clark (guitarra), Dean Pleasants (guitarra), Steve Brunner (baixo) e Dave Hidalgo Jr. (bateria) entrarem no palco. Mas o hino “You Can’t Bring Me Down” mandado logo de cara deu o tom da celebração coletiva que o show do Suicidal Tendencies se tornou.

Um dos poucos nomes que conseguiram alcançar o status de se tornarem não só um grupo, mas uma instituição – influenciando diretamente o comportamento, as idéias e o vestuário de seus fãs, além de fincarem os pés com o quase inquestionável título de melhor banda de crossover da história, o SxTx mostrou uma vitalidade impressionante para quem tem mais de 25 anos de carreira.


Se a idade pesa e a forma física já não é a de antes, Mike Muir não dá a mínima e continua com a presença monstruosa que o consagrou como um dos frontmans mais carismáticos (e respeitados) que se têm notícia. O duo de Clark e Pleasants nas guitarras entregou uma execução limpa e inspirada, com os solos certeiros e riffs explosivos que puxavam rodas insanas de pogo entre os 15 mil presentes. Steve Brunner já está adaptado e não compremete o difícil posto de baixista do Suicidal, tendo entrosamento satisfatório com o recém-integrado Dave Hidalgo Jr. na bateria.

Com toda a discografia bem representada no set-list, os clássicos dominaram. Apresentação old-school sem cheiro de naftalina: “Subliminal”, “War Inside My Head” – inesquecível e “I Hate You Better” confirmaram a ótima forma, sendo a mistura perfeita, e genuína, de metal, hardcore e funk.

Na última, “Pledge Your Allegiance”, Muir começou a chamar alguns fãs para subir ao palco, o que acabou se transformando rapidamente numa invasão, surpreendentemente bem sucedida. A visão, no mínimo curiosa, é símbolo da “atitude” – palavra que no caso deles pode ser usada sem receio – que sempre os caracterizou, e continua presente.

Difícil imaginar um final mais apropriado para uma banda que consegue transformar um show em uma arena de grandes proporções numa celebração intimista entre amigos. Que venha o novo CD – o primeiro após 8 anos.

O Porão do Rock continua hoje com uma programação mais pop, culminando no aguardado encerramento dos britânicos do Muse.

www.poraodorock.com.br

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