Formada no final de 2006, a banda Nuda, de Recife – PE, fará uma turnê de lançamento para promover seu debut, “Menos Cor, Mais Quem”, que os levaram a ficar no Top 10 do MySpace Brasil e no 5º lugar do site Trama Virtual. O EP, inclusive, está para download gratuito através do endereço www.tramavirtual.com/nuda.
Após tocar em importantes festivais no Nordeste como o Grito Rock Fortaleza, o Novas e o DoSol Warm Up, a Nuda parte agora para um giro coletivo por Belo Horizonte, Uberlândia, Goiânia e Cuiabá.
Confira as datas:
07/06 - Belo Horizonte - Matriz - Festa do Outro Rock - Organizado pelo Fórceps. 08/06 - Uberlândia - GOMA - Organizado pelo coletivo local Goma. 12/06 - Goiânia - Egg Music 14/06 - Cuiabá - Festival Volume/Segundo Dia
O grupo, formado por Rapha (vocal e guitarra), Artur Dossa (guitarra e violão), Henrique (baixo) e Scalia (bateria), colocará no palco sua mistura de rock, mpb, jazz, prog e ritmos regionais brasileiros.
Na recente onda de “big bands” alternativas brasileiras, como Móveis Coloniais de Acaju, de Brasília-DF e Canastra, do Rio de Janeiro, assim como a Orquestra Imperial, surgiu a Orquestra Contemporânea de Olinda.
Com seu debut ainda quente no mercado, o grupo, formado por Gilú (percussão), Tiné (voz), Maciel Salú (rabeca e voz), Juliano Holanda (viola e guitarra), Hugo Gila (baixo e teclado), Raphael Beltrão (bateria), Maestro Ivan do Espírito Santo (flauta, sax alto e barítono), Lúcio Henrique (sax alto), Luiz Antônio (trompete), José Abimael (trombone), Adriano Ferreira (trombone) e Alex Santana (tuba) parte para uma turnê pelo sudeste do país, passando depois pela capital federal e em Recife.
Confira as datas:
07 de Junho 2008 – Festa do Ronca Ronca/Rio de Janeiro
Procurando novos suportes para o lançamento dos ultrapassados CD's, a indústria musical vê-se obrigada a usar da criatividade para superar a inevitável ruptura com o modelo clássico de comércio que a internet, saudavelmente, instaurou.
Uma das iniciativas mais recentes vem da LP Indie, de Presidente Prudente, São Paulo. Os álbuns são lançados dentro de aparelhos MP3, Mp4 ou MP5, de 1 ou 2 gigabytes. Além de receber, dentro do player, material da banda contendo encarte impresso com letras das músicas e pôster, músicas em alta qualidade, vídeo-clips, wallpapers, fotos, letras e toques para celular, o usuário fica com o aparelho para usá-lo como quiser.
O primeiro lançamento da gravadora é a banda Ação & Reação (www.bandaacaoereacao.com.br), e as próximas serão a Taska do Rio de Janeiro (www.taska.com.br ), a Choke de Curitiba (www.myspace.com/chokebrazil) e o Terminal Guadalupe (www.tg.mus.br), também de Curitiba, que alcançou bom resultado na cena ano passado com o seu “A Marcha Dos Invisíveis”.
De amanhã até 08 de junho o público poderá escolher, através de votação pelo site do evento, por SMS e por urnas espalhadas na capital paulista, 7 nomes que se apresentarão no festival entre 14 disponibilizados pela produção.
As 14 opções são: 2ManyDJs (Bélgica), Agoria (França), Armin Van Buuren (Holanda), Digitalism (Alemanha), Dillinja (Inglaterra), Dubfire (EUA), Fergie (Irlanda), Justice (França), Makoto (Japão), Markus Schulz (Alemanha), Menno de Jong (Holanda), Pendulum (Austrália), Sebastian Ingrosso (Suécia), Steve Angello (Suécia).
Haverá votações ainda para a escolha dos DJ's brasileiros, para os VJ's e o formato da festa. A Skol, cerveja altamente leve e doce, moldada para o público jovem - tendo na sua pavorosa Skol Beats o principal formato - conseguiu consolidar um evento de música eletrônica com bom porte e nomes dignos, embora tenha enfrentado cancelamento de atrações nos últimos anos e outros contratempos.
O Los Hermanos conseguiu algo raro: além de fazer uma transição de estilo, o fez de forma convincente e rápida. Mas, mais do que isso, instaurou uma verdadeira "religião", gerando milhões de seguidores fanáticos que instantaneamente catapultaram o grupo a um status de "melhor do país", dentre outras coisas superlativas.
No auge, anunciam um afastamento. Temporário? Pode ser tanto uma boa - e velha - tática para criar expectativa nos fãs e fazer um retorno lucrativo e interessante a todos, como também (e/ou) uma estafa natural do convívio entre os integrantes.
Isso ou aquilo, Marcelo Camelo, vocalista e guitarrista, embarca em carreira solo. As gravações do debut já estão na fase final, e o disco deve ser lançado no segundo semestre. Segundo divulgação, o álbum contou com a participação de dezenas de artistas, entre eles, Dominguinhos, Clara Sverner, Domenico Lancellotti e os post-rockers do Hurtmold.
Os escoceses do Primal Scream, uma de minhas bandas favoritas, anunciou que "Beautiful Future", seu novo trabalho de estúdio, chega às lojas em 21 de julho. O primeiro single do disco será "Can't Go Back". Para os brasileiros, uma curiosidade, a ultra-hypada Lovefoxx - vocal do CSS - participa da faixa "I Love To Hurt (You Love To Be Hurt)".
Rock, eletrônico, psicodélico, pop....o que o novo CD traz?
Enquanto isto, leia aqui a minha resenha para o Whiplash! de "Riot City Blues", de 2006.
Os ingleses do Simian Mobile Disco, que lançaram um dos melhores discos do ano passado, o fenomenal "Attack Decay Sustain Release", anunciaram que em breve chega ao mercado um álbum de remixes do debut, intitulado "Sample And Hold". Entre os responsáveis pelas versões estão Silver Apples, Joakim, Shit Robot, Chrome Hoof, Invisible Conga People eCosmo Vitelli.
Apesar de ser uma prática comum dentro da música eletrônica - e cada vez mais no mundo pop - "álbum de remixes" geralmente é uma grande bobagem feita para manter o nome do grupo na mídia enquanto material novo não chega, um dos recursos para ganhar dinheiro fácil, quando vindo de uma obra bem-sucedida. Ao menos o SMD lançou recentemente o EP "Clock".
Resta saber se o tal CD remixado é uma bobagem completa ao vale uma olhada.
Evento de Fortaleza chegando ao seu quinto ano, o Noise 3D firmou-se no calendário local por ter revelado, entre outros, Montage e O Quarto de Cinzas. De junho a setembro, está promovendo uma programação comemorativa com Moptop, Macaco Bong, Lucy and the Popsonics e Mallu Magalhães, além dos locais Café Colômbia e O Garfo.
Confira o release:
As edições comemorativas dos 5 anos do projeto Noise 3D continuam nas férias em Fortaleza. Em Junho, o projeto acontece no Amici´s e traz o Moptop (RJ) em única apresentação no Nordeste. A festa contará com o lançamento do 1° CD do Café Colômbia (CE), banda que surgiu dentro do Noise. Em Julho, o projeto retorna ao Music Box com o Macaco Bong (MT), uma das maiores bandas da cena independente no Brasil hoje, pela primeira vez em Fortaleza
O projeto Noise 3D parte para o segundo momento dentro das comemorações dos seus 5 anos, voltado a atrações de peso no cenário da música independente no Brasil. O intercâmbio com artistas relevantes do circuito alternativo é marca do projeto desde o tempo do Noise 3D Club. Nas férias, Moptop (RJ) e Macaco Bong (MT) vêm a Fortaleza para as edições comemorativas de 19 de Junho, no Amici´s, e 26 de Julho, no Music Box, respectivamente. Confira a programação:
19/06(Amici´s) – O Moptop (RJ) é uma das bandas mais expressivas do novo rock brasileiro. Em 2007, os cariocas fizeram duas noites memoráveis em Fortaleza: no pequeno Noise 3D Club (220 pessoas) e como atração principal do 1° Soma Festival, no Dragão do Mar, para um público de 800 pagantes. A noite contará com o lançamento do disco do Café Colômbia (CE), uma das bandas lançadas pelo projeto durante estes 5 anos. Os 100 primeiros pagantes a entrar terão o privilégio de levar o disco de graça
26/07(Music Box) – O Macaco Bong (MT) vem de Cuiabá em turnê de lançamento do seu 1° disco, Artista Igual Pedreiro (Monstro Discos). O trio instrumental hoje faz um dos shows mais enérgicos da cena independente brasileira, ganhando fortes elogios do público e da mídia especializada – prova disso é a aposta da revista Bravo na banda em 2008. O Macaco toca pela primeira vez em Fortaleza e marca a volta do projeto Noise 3D ao Music Box após a reforma da casa
História - A primeira edição da festa aconteceu em abril de 2003, no extinto Ritz Café. Hoje, o projeto Noise 3D ultrapassa o número de 50 edições em seu quinto aniversário. “Tinha tudo para ser só mais um evento, entre tantos que existiam em Fortaleza. Mesmo porque o Ritz só trabalhava com covers e não acreditava que duas bandas autorais e uma discotecagem voltada para o público consumidor de música via Internet cobririam os custos da casa. Então, 680 pessoas pagaram para ver a primeira edição do projeto. O Noise nasceu para fazer parte da vida de várias bandas da cidade. Acabou sendo um dos espaços mais procurados para as bandas de Fortaleza lançarem CDs, clipes, ou simplesmente tocar”, resume Dado, idealizador do projeto ao lado dos DJ´s DenisDead e DMM.
Além do Ritz, o Noise 3D já ocupou a casa de mesmo nome, o Amici´s, o Hey Ho Rock Bar, a Serra de Baturité (Ce), entre outros espaços. Sempre compromissado com a música independente e com as novidades da boa música contemporânea pelo Brasil e pelo mundo. Hoje, o projeto tem residência fixa na boate Music Box, Centro Dragão do Mar (Praia de Iracema) – reduto cultural da classe média-elite de Fortaleza.
Durante 2 anos e meio, até junho de 2007, o projeto ganhou projeção nacional com a programação do Noise 3D Club, destaque no Guia da Veja Fortaleza e Prêmio Toddy da Música Independente. Entre as bandas, são crias das edições do Noise o Montage, Café Colômbia, Telerama, Plastique Noir, Moço Velho, Red Run, O Garfo. De outros estados, passaram pelo projeto a Rádio de Outono (PE), Peixe Coco (RN), Valv (MG), The Sinks (RN), Cabaret (RJ), Multiplex (SP), Trampa (DF), Forgotten Boys (SP), Moptop (RJ), Mellotrons (PE), Rockassetes (SE), Vamoz! (PE).
Mais uma banda do Ceará, confirmando o excelente momento pelo qual passa a cena nordestina. Desta vez falo dos malucos do Joseph K?, lançando seu primeiro álbum completo após os tradicionais anos de suor no circuito.
Composto por Talles Lucena (guitarra e voz), Johnny (baixo) e Rildney (bateria), o grupo disponibilizou em seu site oficial as 5 primeiras músicas do play "Caos FM: Direto da Terra do Nunca", para download gratuito.
Alegando fazer um "rock clássico, pesado, disco porrada, bem resolvido de guitarras, baixo, bateria e provocações" - só ouvindo pra saber - o lançamento é uma parceria entre os selos Panela Discos (CE) e DoSol Records (RN).
Ah Coldplay! Dois ótimos álbuns, "Parachutes" e "A Rush Of Blood To The Head", fama mundial, turnês extensivas, adoração completa gerando inúmeras cópias de bandas no estilo "o piano vai salvar o mundo" com vocais entre o grandioso e o lamuriento e uma obra de entresafra, pálida, fraca: "X&Y".
"Violet Hill", o primeiro single de "Viva La Vida", que já começa bem por representar na capa a clássica Marianne de Delacroix (se esta ficar mesmo como versão final), não apresenta absolutamente nada de novo.
É uma música ok, com nítido potencial para virar hit, mas longe da inspiração de tempos anteriores. Introdução bem boa, piano em crescendo e uma linha vocal grudenta de Chris Martin, desembocando num punch choroso de guitarra. Simpática, nada além. Sinal de que, por enquanto, o Coldplay continua arriscando pouco, muito pouco.
Mesmo antes de lançar seu primeiro álbum oficial, o Herod Layne, de São Paulo – SP, já se tornou um dos maiores nomes da efervescente cena post-rock brasileira. O estilo, basicamente instrumental, que evoluiu através do jazz, do progressivo, do avant-garde e até com pitadas do pop, explodiu nos Estados Unidos, onde surgiu inúmeros grupos, e começou a amealhar sucesso comercial e de público. Convenções críticas levaram a uma “linha genética” do gênero que engloba Talk Talk, Slint, Tortoise, Mogwai, Godspeed You! Black Emperor, dentre outros, algumas das influências do grupo paulista.
Através de demos lançadas na internet, vídeos caseiros e muita iniciativa própria – entrando no ciclo da nova forma de se fazer música – o Herod Layne é um bom exemplo do que acontece neste cenário paralelo da música nacional, que agora respira com vida própria e maior intensidade.
No link abaixo você confere esta interessante entrevista feita para o Whiplash, onde os integrantes Sachalf (guitarra), Elson (baixo) e Johnny (bateria) responderam com muita propriedade várias questões sobre a cena independente brasileira, sem rodeios. Uma conversa sincera com um dos nomes que vem despontando no país.
As duas faixas liberadas no MySpace da inglesinha revelam que Allen abandonou, em parte, a veia reggae, festeira e colorida de anteriormente. Ainda dançante, porém soando como se voltasse para casa sozinha após o fim da festa, não celebrando seu início. Profusão de pianos, flertes com o dubstep e um pop preponderantemente mais oitentista, lembrando algumas das melhores referências femininas do estilo.
Canções cinzas para se ouvir na madrugada. Ou para começar o dia. Embora possa assustar quem estava acostumado com os climas e as pitadas hip-hop de "Allright, Still", Lily Allen aponta, nas duas faixas, um novo caminho interessante para suas composições.
O Pink Floyd, um dos pais do rock progressivo e um dos maiores nomes da história da música, recebeu ontem, em Estocolmo, Suécia, o Polar Music Prize, ao lado da cantora soprano Reneé Fleming.
Segundo matéria da agência espanhola EFE:
Em sua decisão, o júri destacou a importância da banda britânica na evolução da música popular, por uni-la à arte, em sua proposta experimental, e por seu sucesso em "capturar e formar reflexões e atitudes para toda uma geração".
"O Pink Floyd inspirou e marcou o caminho para o desenvolvimento do rock progressivo", disse o júri.
Os ganhadores receberão o prêmio de um milhão de coroas suecas (cerca de US$ 157 mil), de mãos do rei Carl Gustav em cerimônia que será realizada no Konserthus de Estocolmo, em 26 de agosto.
O prêmio Polar foi criado em 1989 por Stig Andersson, compositor, produtor e empresário do grupo Abba.
Desde que começou a ser entregue, em 1992, o Polar premiou compositores, músicos e intérpretes como o brasileiro Gilberto Gil (em 2005), Paul McCartney, Bob Dylan, Led Zeppelin, Elton John, Ray Charles, Stevie Wonder, Bruce Springsteen, Burt Bacharach, Dizzy Gillespie, B.B. King, Keith Jarrett, Pierre Boulez e Sonny Rollins.
Alex James, baixista do grupo britânico Blur, que caiu em decadência após a saída do guitarrista Graham Coxon, um dos principais nomes da cena brit-pop, disse em entrevista à rádio BBC-6 que a reunião da banda ainda pode acontecer. Para Alex, ele “ficaria surpreso se nós não voltássemos a trabalhar juntos no futuro”.
Os rumores da reunião entre James, o vocalista Damon Albarn (envolvido no “The Good, The Bad & The Queen e no Gorillaz), Coxon e o baterista Dave Rowntree começaram no final de 2007, logo desmentido pelos integrantes.
“Think Thank”, o último álbum lançado em 2003, foi um fracasso de crítica e vendas.
Martin Scorcese, vencedor do Oscar por "Os Infiltrados" e um dos maiores diretores da história do cinema, anunciou que não irá mais dirigir o documentário sobre Bob Marley, como havia anunciado. Os motivos seriam "problemas de agenda". Esta seria a terceira incursão de Scorcese no gênero, que já dirigiu dois outros documentários musicais: "No Direction Home", sobre Bob Dylan e recentemente "Shine A Light", sobre os Rolling Stones.
O substituto de Martin será Jonathan Demme, também ganhador do Oscar de melhor diretor por "O Silêncio dos Inocentes" e conhecido por outros filmes de sucesso como "Filadélfia" e a refilmagem de "Sob O Domínio Do Mal". Na área musical, Demme já trabalhou com Pretenders, Talking Heads, Neil Young, Bruce Springsteen e New Order.
A previsão de estréia da obra é 06 de Fevereiro de 2010, data em que Bob Marley completaria 65 anos.
Em entrevista ao site da Rolling Stone USA, o vocalista Anthony Kiedis revelou que o grupo irá se afastar por um ano para dedicar mais tempo às suas vidas pessoais e projetos paralelos.
As razões, segundo ele, são os extensivos trabalhos e turnês que o grupo se envolveu desde o lançamento de “Californication”, em 1999, disco responsável pelo renascimento da banda, vendendo 9 milhões de cópias ao redor do mundo, gerando inúmeros hits e que também marcou a volta do guitarrista John Frusciante. Nas palavras de Kiedis, os Peppers resolveram simplesmente tirar férias uns dos outros pelo período mínimo de 1 ano, para “viver, respirar, comer e aprender novas coisas”.
O vocalista revelou ainda que no momento está aproveitando mais tempo com a família e “curtindo bons momentos com meu filho, ensinando-o a surfar”. E que, mesmo assim, continua a pensar em composições, anotando uma ou outra idéia. Mas apenas pedaços, frisou.
O último trabalho do grupo foi o mediano CD duplo “Stadium Arcadium”, de 2006.
Os escoceses do Mogwai, banda seminal do post-rock, anunciaram que irão lançar, no próximo dia 26 de maio, uma edição especial do primeiro - e ótimo - álbum deles, "Young Team", de 1997. A bolachinha sai em duas versões, todas expandidas e remasterizadas: CD-Duplo e Vinil Quadrúplo (!!!) - hábito costumeiro na Europa, onde ainda valorizam o velho disquinho preto que, tecnicamente, tem o som melhor que o do CD. Quem quiser comprar, os itens estão disponíveis na loja da banda.
A track-list da reedição será a seguinte:
Disco 1
Yes! I Am A Long Way From Home Like Herod Katrien Radar Maker Tracy Summer (Priority Version) With Portfolio R U Still In 2 It A Cheery Wave From Stranded Youngsters Mogwai Fear Satan
Disco 2
Young Face Gone Wrong I Don’t Know What To Say I Can’t Remember Honey Katrien – Live At Lounge Ax, Chicago R U Still In 2 It – Radio 1 Session: Mary Anne Hobbs Show Like Herod (live) – Radio 1: T In The Park 1997 Summer (Priority) (live) – WNYU Session Mogwai Fear Satan (live) - Chemikal Underground’s 5th Birthday
Stuart Braithwaite, guitarrista, disse ainda que o grupo está trabalhando num novo álbum de estúdio, e que novidades devem ser anunciadas em breve.
Eis uma das primeiras novidades que me chegam: a - auto-intitulada - gangue do Red Run (uma óbvia referência a "O Iluminado", de Stanley Kubrick, e só por isso já mereceu meu respeito), de Fortaleza - CE.
Um grupo que alega ter influências de stoner, punk e alternative rock, além da new wave, filmes do expressionismo alemão da década de 20 e David Lynch. E citam Sonic Youth, Pixies, Motörhead e Queens Of The Stone Age entre os links para sua música tem que saber o que faz. E eles sabem. No MySpace do grupo, não temos dificuldade em ouvir todas estas referências escorrem em músicas muito bem construídas - para um grupo tão novo - como "Surfin' Train", "Waves Of Satan", "Scared Mind" [Pixies Puro] e "Let Me Go".
Me agradou especialmente a boa habilidade em construir caos melódico, os riffs empolgantes e o vocal de Thiago Montana, com aquela noção de bêbado indie mezzo rouco cuspindo energia e uma pseudo-raiva genuína, necessária para a interpretação. Uma das melhores surpresas que tive nos últimos tempos: comprovação pura e simples do momento sublime que vive a cena local, com dezenas de ótimas bandas esperando para serem descobertas. E que a Movin' Up faz por onde existir.
Adoro listas. Acho elas uma divertida e polêmica forma de, no fundo, divulgar e discutir música. A imprensa britânica gosta mais ainda. E sempre está fazendo levantamentos, votações, "júris" para definir qualquer lista de melhores de alguma coisa. Absurdos, repetições e profusão de bandas recentes são uma constante, especialmente em casos de votações, como esta que reproduzo abaixo, do New Musical Express, onde o Libertines abocanhou nada menos que 4 posições, além de uma do Babyshambles de Pete Doherty - um exagero típico que deve ser desconsiderado. Levar muito a sério listas nunca faz bem.
Devem ser encaradas menos como cânone e mais como dicas...apontamentos para descobertas e escavações musicais. É com este intuito que crio uma seção aqui na Movin' Up com listas de diversos gêneros. Divirtam-se!
50 Greatest Indie Anthems Ever - NME
1. Oasis - 'Live Forever' 2. Nirvana - 'Smells Like Teen Spirit' 3. Pulp - 'Common People' 4. The Smiths - 'There Is A Light That Never Goes Out' 5. The Libertines - 'Don't Look Back Into The Sun' 6. The Libertines - 'Time For Heroes' 7. The Smiths - 'How Soon Is Now?' 8. The Stone Roses - 'I Am The Resurrection' 9 The Strokes - 'Last Nite' 10 Arctic Monkeys - 'I Bet You Look Good On The Dancefloor' 11. The Smiths - 'This Charming Man' 12. The Stone Roses - 'She Bangs The Drums' 13. The Libertines - 'Can't Stand Me Now' 14. Oasis - 'Don't Look Back In Anger' 15. Blur - 'Song 2' 16. Franz Ferdinand - 'Take Me Out' 17. The Stone Roses - 'I Wanna Be Adored' 18. The Verve - 'Bitter Sweet Symphony' 19. Joy Divison - 'Love Will Tear Us Apart' 20. Joy Division - 'Transmission' 21. The Smiths - 'Panic' 22. The Breeders - 'Cannonball' 23. The Gossip - 'Standing In The Way Of Control' 24. Babyshambles - 'Fuck Forever' 25. Oasis - 'Supersonic' 26. Radiohead - 'Creep' 27. Oasis -' Wonderwall' 28. Pavement - 'Cut Your Hair' 29. Arcade Fire - 'Rebellion (Lies)' 30. Manic Street Preachers - 'A Design For Life' 31 Oasis - 'Cigarettes & Alcohol' 32 The Stone Roses - 'Fool's Gold' 33 The Killers - 'Mr Brightside' 34 Radiohead - 'Just' 35 Pixies - 'Monkey Gone To Heaven' 36 Kaiser Chiefs - 'I Predict A Riot' 37 Kasabian - 'LSF' 38 Pixies - 'Gigantic' 39 Oasis - 'Champagne Supernova' 40 Klaxons - 'Golden Skans' 41 Blur - 'Parklife' 42 The Cribs - 'Hey Scenesters' 43 Suede - 'Animal Nitrate' 44 The Stone Roses - 'Love Spreads' 45 The La's - 'There She Goes' 46 Dinosaur Jr - 'Freak Scene' 47 The Libertines - 'Up The Bracket' 48 Sonic Youth - 'Bull In The Heather' 49 The Rapture - 'House Of Jealous Lovers' 50 My Bloody Valentine - 'You Made Me Realise'
Eu nunca tive ilusões com o jornalismo. Nunca achei que fosse encontrar um mercado fácil, um curso empolgante, que fosse me maravilhar e ter orgasmos múltiplos a cada aula, cada matéria. Jamais tive a esperança de adentrar uma redação, ter algum talento/esforço/dedicação/interesse reconhecidos, colocar em prática o ideal (suspeito) de “servir à sociedade” e salvar o mundo. Não dou pra super-homem. A realidade é – e sempre foi – um pouco menos colorida. Talvez o jornal não seja preto-e-branco à toa.
Também nunca “decidi” que seria jornalista. Não foi uma decisão mecânica nem um sorteio dentro de um guia do estudante qualquer. Processo natural que culminou num caminho estranhamento óbvio. Sou tarado por informação. Extremamente curioso. Com sede de saber, um pouco mais, daquilo que gosto. Desde novo, a partir dos 10 anos – que me lembro bem – viciado em games e, posteriormente, cinema e música, comprava religiosamente, todo mês, revistas relacionadas a estes assuntos.
E costumava sonhar com jornais prontos frequentemente. Quando ia dormir pensando muito em algo ou querendo saber o resultado de alguma coisa, ou mesmo de modo esporádico, visualizava, perfeitamente, no sonho, toda a matéria de um jornal ou revista, lendo atentamente e acordando achando que aquilo era real! Depois veio, mais forte, a música. E o profundo interesse por ela. Lia, pesquisava, descobria, ouvia, trocava, vivenciava. Paralelo à música, a literatura. Gordinho, tímido, introspectivo, calado, rato de biblioteca, gamer, fascinado por todo aquele universo novo que se desdobrava.
Daí, não sei como nem onde, porque, quem, quando, comecei a escrever. Sem nenhuma pretensão, passei a escrever texto sobre música. Tentando compreender, interpretar e analisar as bandas que ouvia. Para publicá-las na internet, foi um passo. Gradativamente, melhorei, amadureci e me formei na mesma medida em que praticava a escrita, ora, na prática. E aprendi coisas simples na brincadeira: jornalista não é formado, cria-se. E que interesse, pesquisa, curiosidade, cara de pau, leitura, confiança, humildade e determinação são mais do que fundamentais. A faculdade foi conseqüência. Escrever textos bestas como este, também. Aprendi que nada acontece se você não fizer com que aconteça.
Eu nunca tive ilusões. Portanto, nunca me decepcionei. Às vezes, cometo erros propositais, provoco, insisto e bato de frente. Se eu não tiver o prazer de me divertir e incendiar, não tem graça. O engraçado é que o jornalismo, muitas vezes, transita entre o profundamente aborrecido e insuportável, e a imensa satisfação e desejo. Sejamos francos, na mídia tradicional, o jornalismo está morto. Para não ser tão rigoroso, digamos que uns 10% do que é produzido vale – muito – a pena. E tudo aquilo de bom que é feito me faz continuar a acreditar nessa profissão tão maltratada.
Ninguém, em sã consciência, optaria por uma carreira dessa: má remuneração, muitas horas de trabalho, mercado saturado, inchado, insuportável, reino dos jabás, da democracia da cosa nostra, da puxação de saco, disponibilidade quase integral para o veículo, superiores tiranos, nenhuma regulamentação, consciência de classe inexistente e sindicato inoperante, código de ética totalmente desrespeitado, dificuldade de ascensão na carreira, meio infestado de amadores, possibilidades de emprego escassas, estágios não remunerados, mais de 30 mil profissionais formados no país, expectativa média de 10 anos de atuação para os bravamente persistentes, mão de obra gradativamente mais barata, pouco reconhecimento, alta rotatividade e o mercado local, pasmem, ainda mais ingrato e restrito que outros países do mundo.
Afinal, o que leva um ser humano em suas perfeitas faculdades mentais a se formar em jornalismo? Juro que não sei responder a esta pergunta. Talvez uma parte entre iludida com ideais de fama, glamour, sucesso, dinheiro (a realidade de 3% da classe). Outros apenas por ser uma das opções que tinha em mente, curiosidade, sorteio. Outros tantos, ainda, de fato bem intencionados, querendo fazer um bom trabalho dentro do “quarto poder”. E outros, simplesmente, porque não se imaginam fazendo outra coisa na vida – parcela dos quais me incluo. Mas sei que a possibilidade é simplesmente, real.
Pior. No jornalismo, muitas pessoas atuam porque acham que podem fazer o trabalho que um profissional faria. Afinal, escrever, está aí, ao alcance de todos. Um release, uma notícia, uma “crítica”, uma matéria, uma entrevista…todos acham que com um pouco de interesse consegue “dar conta”, levando muita gente que passou longe de uma formação acadêmica a atuar na área e roubar vagas de quem, em tese, deveria as estar ocupando. Há um problema sério nisso: jornalismo, realmente, não se aprende na universidade. Ela não chega a ser inútil, mas o principal, a parte funcional da profissão, que nos é ensinado na teoria e na prática, não chega a ser um mistério. É inconcebível (e a sociedade não aceita, bem como os conselhos de cada profissão não permitem, órgão inexistente no jornalismo) que um engenheiro, médico, professor, advogado, economista, etc, atuem sem terem um diploma. Além de ser uma profissão que se regulamentou tarde, herdando muitos profissionais antigos, formados na prática, todo mundo acha que pode fazer o trabalho que um jornalista faz.
Vai piorar: muitos cursos superiores, seguindo as mudanças das normas do MEC, passarão a ser de apenas 2 anos, englobando somente a parte técnica do jornalismo e excluindo as disciplinas “humanas”, de formação, reflexão, teoria, cultura. Além de isto aumentar a velocidade com que supostos “profissionais” são jogados no mercado, ainda destrói a já precária formação acadêmica de um repórter. Se ter a capacidade de pensar e refletir, o arcabouço teórico e o background cultural já são predicados escassos, os verdadeiros macacos que sairão destas instituições conseguirão a proeza de estar incontáveis níveis abaixo dos símios que hoje são formados. O grosso, as “técnicas” do jornalismo são tão óbvias e fáceis que muitas vezes, pra mim, tornam-se insuportáveis. É preciso descer alguns níveis, transmutar-se num ser um pouco mais burro do que já é para fazer tal matéria. E isto é difícil. Parece engraçado, ou exagero, mas não é. A inteligência, no jornalismo, não é muito bem vinda (muito menos do que seria saudável ou se gostaria de admitir).
Se o prospecto é ruim, e tende a se agravar, só me resta parafrasear o REM: este é o fim do mundo, como o conhecemos, e eu NÃO me sinto muito bem.
Mas não é só apocalipse que resta.
Na verdade, além de utópico e um pouco masoquista, o jornalista encontra alguns benesses na profissão, mas, sobretudo, há o prazer de escrever, conhecer, divulgar, encontrar coisas novas, excitantes, desafios diários entre a pressão, o mau humor, os goles de café, a saúde que vai pro ralo e o salário risível no fim do mês. Mesmo com tudo, consegue ser uma profissão fascinante, divertida, curiosa, recompensadora.
Há pessoas que tem isso no sangue. Que nasceram com palavras correndo em suas veias. Com uma sede impetuosa de conhecimento, informação, cultura…e de compartilhar isto. Como sempre, o que não encontra muita racionalidade, a paixão explica. Uma parte de inclinação, também.
Vivemos em dias estranhos, disse Jim Morrison há mais de 40 anos atrás. Atualmente, isto parece mais “verdadeiro” do que nunca. Há que se ter persistência, desejo, ímpeto, força…e competência, ânimo. Crescer dando murro em lâmina. E melhorar com isso. Não sei como a equação se resolve, repito, “é como se você pegasse o ontem, o hoje, e o amanhã”. Não dá pra dizer o que irá acontecer. E esta, afinal, é a graça da vida.
“Strange days have found us Strange days have tracked us down Theyre going to destroy Our casual joys We shall go on playing Or find a new town
Yeah!
Strange eyes fill strange rooms Voices will signal their tired end The hostess is grinning Her guests sleep from sinning Hear me talk of sin And you know this is it
Yeah!
Strange days have found us And through their strange hours We linger alone Bodies confused Memories misused As we run from the day To a strange night of stone”
A editora Radical Livros, que vem fazendo um excelente trabalho divulgando obras de caráter inquisitivo e de reflexão independente, que dificilmente sairiam por uma publisher comum, acaba de colocar no mercado seu novo lançamento: Rock Underground – Uma Etnografia do Rock Alternativo, escrito por Pablo Ornelas, músico e sociólogo.
Segundo o release, o objetivo de Ornelas foi “fazer uma análise precisa do comportamento de músicos, fãs e demais personagens que interagem no microcosmo da cena musical alternativa em nosso país.”
Iniciativa extremamente válida, o livro de Ornelas já nasce destacando-se por sua coragem e pelo caráter praticamente inédito da pesquisa, fundamental para quem se interessa pelo momento em que a cena indie local passa, além da necessária análise e contextualização histórica.
Serviço:
Título: Rock Underground: uma etnografia do rock alternativo
Matéria da Abemúsica, informa que a cantora Carla Bruni, atual primeira-dama da França, lançará seu terceiro álbum no dia 21 de julho em diversos países europeus.
"Comme Si De Rien n'Etáit" ("Como Se Nada Tivesse Acontecido"), terá 14 músicas, a maioria composta por Carla. Segundo o empresário da cantora, Bertrand de Labbey, o disco ainda não está terminado e segue uma "tendência folk".
"Carla Bruni já gravou as músicas, mas o disco não está completamente mixado. Ela é muito perfeccionista", disse o empresário, que informou ainda que 95% das faixas foram compostas antes que Carla conhecesse seu atual marido, o presidente francês Nicolas Sarkozy.
O primeiro álbum de Carla Bruni foi lançado em 2002 e vendeu 1,2 milhão de cópias na França e 800 mil cópias em todo o mundo. Já o segundo disco, lançado em 2007, vendeu apenas 80 mil cópias na França - razão em parte explicada porque, ao contrário do primeiro trabalho, em francês, "No Promises" foi todo composto na língua inglesa.
Reproduzo abaixo minha resenha, à época, para o site Rock Press:
"Como não gostar de Carla Bruni? Nascida italiana, francesa por opção, belíssima, sendomodelo de sucesso nos anos 90, inteligente, talentosa e dona duma voz tremendamenteagradável e cativante. Quatro anos após dar ao mundo o irresistível "Quelq'un M'a Dit", a guriavolta, desta vez em inglês e inspirada por autores "pouco reconhecidos"como William ButlerYeats e W.H. Auden - nada pretensiosa ela...
"No Promises" vem ainda mais caprichado e não decepcionará os admiradores da voz rouca esensual que dá vida às 11 composições deste álbum. Basicamente no esquema acústico,acompanhada de seu violão e, por vezes algumas sutis percussões e instrumentos desopro/corda, Carla não precisa de muito para satisfazer. "Before The World Was Made" e"Autumn" são apenas dois exemplos dentro de pequenas perólas que temos para escolher.Juntando-se à suas semelhantes (em maior ou menor grau) Julie Delpy, Cat Power, PJ Harveye Fiona Apple, Bruni lança uma da mais gostosas obras do ano".
Segundo o site britânico "New Musical Express", o grupo californiano Offspring lançará edições remasterizadas dos álbuns "Ignition" (1993) e "Smash" (1994) no dia 17 de junho. Os dois discos clássicos do Offspring foram retrabalhados a partir das fitas master originais e o encarte de "Smash" terá um livreto de 24 páginas.
A data foi escolhida para coincidir com o lançamento do novo álbum da banda, "Rise and Fall, Rage and Grace". O disco apresenta 12 faixas e foi produzido por Bob Rock, conhecido por seus trabalhos com Metallica e The Cult.
A inglesa Lily Allen, que se tornou uma das queridinhas da música pop em 2006 com o hit "Smile", que versava, de modo cínico, sobre seu último relacionamento, levando-a a vender milhões de cópias do álbum "Allright, Still", colocou duas novas músicas no MySpace, "I Could Say" e "I Don't Know" - dois títulos irônicos, diga-se. Ouça neste link.
Lançada nesta terça feira, 20, a loja virtual do Napster terá o maior acervo de MP3 do mundo, com mais de 6 milhões de faixas, vendidas a U$ 0,99 cada. O primeiro e polêmico serviço de P2P da internet mundial, que causou golpe considerável na indústria musical em 1998, gerando milhares de programas semelhantes em anos posteriores e caindo em inúmeras brigas judiciais com gravadoras e mesmo bandas, como o Metallica tem como maior rival a Apple, líder de vendas atualmente com o seu iTunes.
A nova loja on-line de música oferecerá faixas digitais de todas as grandes gravadoras, bem como de milhares de selos independentes. As canções em formato MP3 serão compatíveis com a vasta maioria dos dispositivos digitais de mídia e celulares, entre os quais o iPod e o iPhone, da Apple.
O novo serviço do Napster tenta enfrentar o domínio da Apple no mercado de música digital ao oferecer aos consumidores mais canções sem proteção contra cópias ou administração de direitos digitais (DRM) - gerando uma grande mudança na forma de se vender música online.
A banda holandesa Focus, um dos principais nomes da cena progressiva em todos os tempos, anunciou hoje, através de comunicado oficial, que os shows que faria no Brasil em junho, passando por São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, foram cancelados. A última passagem do grupo pelo Brasil havia sido em 2005.
Segundo o comunicado, "o promotor Marcelo Francis (da M. Francis Productions) teria instruído um representante de sua empresa a informar o FOCUS do cancelamento, sem maiores explicações. O Focus e a Focus Inside Management decidiram não mais trabalhar com a M. Francis Productions no futuro. A banda pede desculpas aos fãs que aguardavam ansiosamente pelos shows no Brasil, os quais foram cancelados em cima da hora e sem qualquer anuência da banda."
Outra - desnecessária - prova do amadorismo que infelizmente permeia boa parte do mercado musical brasileiro, desrespeitando banda e público. Que o Focus volte ao país o mais rápido possível, tendo o tratamento que merece.
“Maximum Rock N’ Soul, Blue Is The Teacher, Punk Is The Preacher”. Uma banda que tem esse tipo de apelo e se auto-proclama com estas palavras chave, no mínimo merece atenção. E o BellRays, egresso da Califórnia, sem dúvida faz por onde. Sempre comparados a uma fusão de Aretha Franklin com Stooges e MC5, destacando-se principalmente pelo vocal monstruoso de Lisa Kekaula, sua música está entre as mais empolgantes da atualidade. Com 5 álbuns no currículo, em especial o último, “Have A Little Faith”, que teve melhor divulgação, sendo, também, uma obra poderosa que transbordava tesão e força rítmica (uma constante na história deles), a banda tem um conjunto poderoso na cozinha de Bob Vennum e Craig Waters.
Mas parece que a saída do guitarrista Tony Fate, fazendo com que Bob voltasse a tocar guitarra – alternando entre ela e o baixo – realmente fez falta ao grupo. Os riffs estão menos inspirados e o “high voltage rock n’ roll” já não é tão “high” assim. Após a paulada que era o último trabalho, “Hard Sweet And Sticky” soa como se o grupo tivesse levado um belo pé na bunda no auge da paixão, passando das noites de amor intenso à fossa inegável.
A abertura com “The Same Way”, por exemplo, é bem morna. E “Fire Next Time” é o BellRays brincando de Massive Attack. Algo que, pasmem, ocorre muito. Principalmente em “Wedding Bells”, que poderia passar perfeitamente como uma faixa perdida dos ingleses. Uma adição interessante de trip hop, embora inusitada e ainda precisando de alguns ajustes. “Blue Against The Sky”, soul até o tutano, é o momento de Lisa brilhar. “Footprints In The Water” – regravada do primeiro CD - começa com um baixo perigoso e crescente para desembocar num quase brit-pop “feliz” de inverno – no máximo que o vocal de Lisa permite isso, soando mais como uma celebração Pantera Negra da década de 70.
Mas as melhores são mesmo onde a veia punk é prioridade: a explosiva “Psychotic Hate Man”, “One Big Party”, “That’s No The Way It Should Be” – animais ferozes domesticados - e “Infection”, no esquema power-down-up com um solo encharcado de uma verve negra formidável. Além de “Coming Down” e “Pinball City” (outra releitura deles próprios), pra fechar, explodindo naquele punch visceral de quem acorda no meio da festa após uma ressaca precoce violenta e volta a curtir como se nada tivesse acontecido.
No fim, “Hard Sweet And Sticky” é menos urgente e mais calmo que o costumeiro, dum grupo, parece, ainda tonto com o golpe, mas sem deixar soar o gongo. Uma introspecção inflamável suficiente para deixá-los como um dos nomes mais bacanas da cena.
Noel Gallagher, guitarrista do Oasis, confirmou que o 7º álbum de estúdio da carreira dos ingleses, ainda sem título definido, deverá chegar às lojas em setembro próximo.
Recentemente, algumas novas músicas do trabalho vazaram na internet em versão demo, como “I Wanna Live A Dream (In My Record Machine)”, “Nothin’ On Me” e “Stop The Clocks”. A assessoria do grupo informou que as mesmas deverão sofrer alterações até o lançamento oficial.
Brian Wilson, fundador e líder dos Beach Boys, uma das maiores bandas pop de todos os tempos, anunciou que seu novo trabalho, “That Lucky Old Sun”, obra conceitual sobre a infância do vocalista no sul da Califórnia, sairá em setembro próximo. O CD conterá 11 faixas e tem a colaboração de Van Dyke Parks.
O álbum é o primeiro desde o histórico “Smile”, de 2004, que levou quase 40 anos para ser concluído.
O Lollapalooza, um dos principais festivais de "música independente" do mundo, configurando-se na verdade como um espaço alternativo para bandas de estilos diversos, além de contar com uma concepção diferenciada de seu fundador, o vocalista Perry Farrel, do Jane's Addiction, anunciou suas atrações para 2008. O evento, que ocorre desde 1991 (sendo interrompido entre 1997 e 2003), terá este ano, dentre outros, os nomes de: Radiohead, Rage Against The Machine, Kanye West, Nine Inch Nails, Wilco, Raconteurs, Love And Rockets, Gnarls Barkley, Bloc Party, Broken Social Scene, Cat Power, Explosions In The Sky, Gogol Bordello, Stephen Malkmus, Iron & Wine, Blues Traveler, CSS, Battles, Grizzly Bear e Black Lips.
Além disto, a competição "Last Band Standing" foi reaberta. É a chance de bandas desconhecidas tocarem no festival, escolhidas através de uma votação online que vai de 19 de maio a 29 de junho. Qualquer grupo interessado pode participar. O evento acontecerá entre os dias 01 e 03 de agosto, no Grant Park, em Chicago, EUA.
Para a escalação completa e todos os detalhes, visite o site oficial do Lollapalooza: www.lollapalooza.com
O britânico John McLaughlin, considerado um dos maiores nomes da história da guitarra, ex-Miles Davis, Mahavishnu Orchestra, dentre outros, acaba de anunciar os detalhes de seu novo álbum, "Floating Point".
O CD, totalmente gravado na Índia com o auxílio de instrumentistas daquele país, dando continuidade à sua história na world music, é descrito pelo próprio McLaughlin como "um dos melhores trabalhos que já gravei". A equipe inclui Louiz Bankz (teclado), Ranjit Barot (bateria), Niladri Kumar (cítara), Shashank e Naveen Kumar (flauta), Sivamani (percussão), Shankar Mahadevan (vocal), U. Rajesh (mandolim), Debashish Bhattacharya (guitarra), além de George Brooks (saxofone) e Hadrien Feraud (baixo). Apesar do forte time indiano e do tom atmosférico de algumas composições, John garante que a maior parte é composta pelo jazz-fusion, estilo em que se consagrou.
As faixas são:
1. Abbaji (For Alla Rakha) 2. Raju 3. Maharina 4. Off the One 5. Voice 6. Inside Out 7. 1 4 U 8. Five Peace Band
O álbum será lançado dia 20 de maio pelo selo Abstract Logix.
Álbum: Scarlett Johansson – Anywhere I Lay My Head
Nota: 8
“Anywhere I Lay My Head”, provavelmente, é um dos álbuns/projeto mais curiosos do ano: cultuada atriz de Hollywood resolve fazer sua primeira incursão efetiva no mundo musical através de releituras de um dos mais herméticos compositores do século XX.
Scarlett Johansson, parece-me, quer mesmo tornar-se um dos ícones culturais deste início de milênio. Habitué nos filmes de Woody Allen (já são três longas com o diretor), trabalhou também com outros nomes tipicamente “cult’s”, como Sofia Coppola e Brian DePalma, além de ser considerada uma das mulheres mais sexy do mundo. Carreira já consolidada e promissora, portanto. Na música, havia aparecido em vídeos de Bob Dylan e subido ao palco para cantar “Just Like Honey” com o Jesus & Mary Chain no último festival Coachella.
Mas a surpresa maior está no desafio que ela mesma se impôs. Além de se atrever à cantora, a escolha de Tom Waits para interpretar revela uma coragem admirável. Compositor dos mais criativos, ousados e difíceis da música estadunidense, Waits construiu uma carreira que trafega com competência pelo rock, blues, jazz, folk, country, punk e o que mais ele inventasse. Possuindo uma voz única e letrista que beira o poético, o non-sense, a quebra de convenções, a celebração dos cantos mais escuros da personalidade humana. Trovador, cronista, poeta, filósofo, artista. Dono de uma discografia indefinível e indescritível e com uma extensa participação no cinema – coincidência nada gratuita.
Ou seja, Scarlett fez uma das opções mais difíceis e desafiadoras que poderia, provando que não se trata de oportunismo puro e simples. Para tanto, recrutou o produtor David Sitek, também guitarrista do TV On The Radio, uma das bandas mais relevantes da cena – e uma das mais cerebrais também. Fica evidente o dedo de Sitek no trabalho, construindo bases e sobreposições efetivas para disfarçar os momentos em que a voz de Johansson não é suficiente, bem como agregando valor em programações bem criadas e releituras cuidadosas dos climas originais. Cada música de Waits é uma estória com vida e identidade própria, tanto no aspecto sonoro quanto lírico, e a dobradinha David-Scarlett soube recriar isso muito bem.
A voz de contralto da moça é respaldada pelos tons peculiares à que teve de se reportar. “Fawn” é uma introdução instrumental colocada meio que de propósito, de sadismo, para aumentar a expectativa e a curiosidade, preparando o terreno, gradativamente, e de forma tensa e fúnebre, para o que virá a seguir. E em “Town With No Cheer” temos a oportunidade de “ver” uma atriz se transformar em cantora bem diante de nossos ouvidos. Daí em diante ganhamos uma companhia agradável, sombria, cativante e envolvente, ancorada pelo polivalente (e esperto, num sentido bem próprio) trabalho de Sitek.
Sobressai-se a maravilhosa “Falling Down”, praticamente feita para embalar noites introspectivas e estranhas, onde o escuro passa a tomar forma e uma sensação de vazio e abandono ganha eco na mente do ouvinte. Assim como “Fannin’ Street” (com os backings monstruosos de David Bowie) é marcha para o fim do mundo…em contraposição à “canção de ninar” que é “I Wish I Was In New Orleans”. Ninar, aliás, é uma boa ligação para a releitura do hit “I Don’t Want To Grow Up”, deliciosa na voz de Scarlett. Experimente não ficar arrepiado na parte sussurrada ou não se deixar envolver pelas programações pop propositadamente datadas de fundo. “Song For Jo”, a única autoral, também não faz feio, a exemplo da faixa-título, sem esquecer da fantasmagórica “Green Grass”.
“Anywhere I Lay My Head” impõe-se como uma obra coesa e corajosa, sendo um dos melhores álbuns de canções do ano. Não ficando apenas no quesito “curiosidade” levantado pela sua concepção e por quem foi feito, mas fazendo valer, e muito, a experiência. Vários motivos para contar com a benção de Waits.